domingo, 24 de outubro de 2010

Beijo doce

Psicose Nova-Iorquina - Capítulo IV

Melina chegou no colégio na semana seguinte e parecia que aquela semana seria mais tranquila, sem garotas enchendo ou caras pedindo seu telefone. Na sala ela conversava com duas meninas, Lavínia e Verônica. Não eram suas melhores amigas, mas tinha boa afinidade com elas. Quando precisavam, discutiam algo sobre a matéria ou mesmo riam e conversavam a aula toda. Lav e Vê, como eram carinhosamente chamadas, tinham até o mesmo estilo de Melina, curtiam rock e usavam roupas sem se importar muito com os outros. Naquela semana ela chegou no colégio e conversando com as meninas contou o que tinha feito, perguntou se elas saíram fim de semana e tudo mais. Lavínia disse que foi em um restaurante grego, por sinal maravilhoso e acabou conhecendo um rapaz. Trocaram ideias, conversaram bastante e ele parecia muito interessante. Já Verônica preferiu ir para a balada, beber e dançar.
- Lav, mas você não pensa em namorar com o cara não, ?
- Mel, não sei de nada ainda. Ele é bem interessante, mas eu queria sair com vocês sem compromisso também.
- Vamos combinar que não dá para ir a uma balada com namorado Lavínia.
Lavínia ficou pensativa e Verônica sorria. Inesperadamente a nojentinha da sala chegou perto das meninas e começou a irritar Melina como de costume.
- As notícias correm, Mel.
- O que você sabe? Que eu saiba não fiz nada demais e nada que diga respeito a você. Se ligue, otária.
- Fim de balada é mesmo tão interessante, não é Melina? Mas espere aí, será que você deu um fora no garoto ou ele não quis você mesma?
Dizendo isso se virou e foi para o grupo dela. Mel olhou para suas amigas e sorriu, mas aquele sorriso não era de quem deixaria barato.
- Ela verá.
Verônica disse:
- O que você vai aprontar?
- Na quadra eu conto, ou melhor, eu faço.
Passadas algumas aulas, as meninas saíram do laboratório e trocaram aquelas roupas brancas pelo short e foram para a quadra. As amigas de Melina também eram muito bonitas. Mesmo tendo poucos amigos, elas arrancavam olhares dos garotos.
- Olha, olha quem chegou: a pegadora e suas amigas estranhas.
Melina respondeu a altura:
- Somos tão estranhas que até seu namoradinho nos olha com um short curto e uma blusa colada. Se cuida hein.
- Não mexe com ele.
- Uh, eu acho que estou morrendo de medo. HAHAHAHA!
Provocando sua inimiga, saiu de perto e foi jogar. Os meninos jogavam futebol, enquanto as meninas se dividiram em dois times para jogar vôlei. A nojentinha combinava algo, cheia de segredos com as meninas do seu time e olhava imediatamente para ela, como se quisesse dar um aviso. Ao ver que o jogo começou (e muito quente por sinal), os garotos vieram para perto da quadra ver, abandonando bolas e coletes no campo. A cada ponto marcado, aquela garota comemorava com o time e beijava seu namorado, não desgrudando o olho de Mel em momento algum. Assim que a bola foi para fora, ouviu-se um grito:
- Sou eu quem vai sacar agora.
- Meninas, parece que a estranha vai jogar agora? Vamos Melina, impressione os rapazes. Quem sabe assim algum te olhará!
Dito e feito. Sacou, marcou ponto e os rapazes a olharam. Parece que sua adversária não gostou muito após flagrar seu namoradinho cochichando e olhando para Melina. Em um súbito ataque, começou a gritar:
- Sua vadia, tire o olho do meu namorado senão eu acabo com sua vida!
Escutou-se um estalo e Melina levou suas mãos ao rosto. Ela tinha levado um tapa. Enquanto os garotos gritavam “wow”, Mel se dirigiu ao lugar onde estavam os garotos, olhou para aquela menina e disse:
- Você pediu.
Deu um beijo no namorado de Louise. O cara do time de futebol realmente tinha gostado, porque não poupou apertos ou mesmo tentou interromper aquele beijo. O sinal tocou, Melina desgrudou dele e ao piscar para Louise, saiu andando. É, parece que dessa vez quem realmente atraiu os olhares foi ela, com sua cara desiludida sob prantos.

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