quarta-feira, 13 de julho de 2011

Na trilha do caos

Um “vai-e-vem” incessante de carros, buzinas, pés nos retrovisores, muitas luzes piscando ao mesmo tempo e sendo cortadas por motocicletas. Se visto de cima, uma trilha de formigas, mas chegando bem perto... é só congestionamento. Vivemos em uma época onde locomoção rápida e eficaz é preciso, mas qual é a realidade do trânsito brasileiro?
Pesquisas apontam quem em muitas cidades, o número de conduções já ultrapassou o número de habitantes e isso é um péssimo dado, pois em meio à má infra-estrutura de ruas e estradas, em meio à tanto desrespeito e impaciência dos motoristas para com as leis de trânsito, ir de um lugar até outro por menos que seja a distância torna-se uma missão.
Mas podemos lembrar que o caos não é somente por parte dos veículos; muitos pedestres e ciclistas ainda desconhecem suas respectivas regras e, portanto, abusam, colocando em risco sua própria vida e a vida de muitas outras pessoas que estejam circulando. A falta de fiscalização das autoridades agrava o problema.
Portanto, a questão da péssima qualidade do trânsito brasileiro é um conjunto, onde todos fazem disso um verdadeiro pesadelo que poderia ser amenizado se cada um fizesse sua parte, uma pequena parte que fosse e assim, todos teriam mais tranquilidade, mais segurança e algo a menos para se preocupar.

Um mundo tão pequeno para distinções tão grandes

Discos de vinil trocados por aparelhos portáteis; The Who e Beatles dividindo prateleiras com Lady Gaga; o autoritarismo contra a liberdade. Embora todas essas adaptações sejam claramente perceptíveis, há uma que muitas vezes acaba se tornando indireta aos olhos dos antigos “caras-pintadas” e dos modernos jovens da contemporaneidade: o convívio social e o conflito de gerações um pouco distintas.
Não é de uma hora para outra que nossa vida sofre um revés. No tempo de nossos avós e bisavós, a forma com que as pessoas foram educadas e criadas era totalmente rígida. Tecnologia? Digamos que tenham sido importantes desenvolvimentos tudo aquilo que foi criado, modificado em épocas passadas. Um estilo de vida muito mais tranquilo se comparado aos dias atuais.
Parece até de outro planeta, principalmente para nossos antepassados, o fato de que se pode ver TV por um celular e carregar um computador dentro da bolsa para cima e para baixo. Entender como é o mundo nesta geração acaba ficando difícil, porque são tantos botões que nossos velhinhos se perdem, irritam-se com tamanha praticidade (incompreensível).
O segredo para que as gerações entrem em comum acordo e possam viver da melhor maneira possível parece simples, mas é um pouco complicado. Se as pessoas tivessem um pouco mais de paciência ou até um pouco mais de compreensão não haveria um choque, uma divisão tão destacada entre o velho e o novo, ou melhor: entre o que foi dito e o que foi aperfeiçoado.

"Pátria amada Brasil". Onde fica esse amor?

Pior do que peste negra, dizimadora da dignidade de um país todo e totalmente desrespeitosa. Não estamos falando de uma doença (ou estamos?) nem de um criminoso gravemente condenado à pena máxima, mas estamos falando de um mal que atingiu nosso país em tempos distantes e ainda atinge: a corrupção.
Todos nós cidadãos lemos em jornais e revistas e vimos na TV histórias já conhecidas de corrupção, mas será que os políticos não percebem a gravidade do erro que estão cometendo? Se voltarmos ao passado, perceberemos que o problema surgiu desde que nosso país foi “descoberto”, através dos portugueses que roubaram nossas riquezas e enganaram os índios.
É lamentável saber que tanto dinheiro roubado, quando descoberto, só sai e nunca retorna aos cofres públicos, impedindo mais investimentos, desenvolvimento e melhorias no país dos justos e dos corruptos. Quem paga por isso? Nós cidadãos que devemos pagar impostos e demais tributos cara vez mais abusivos.
Portanto, deveria haver uma maior fiscalização da hora de alguma autoridade se envolver com o nosso país e deveria fazer mais força de expressão da população, com voz mais ativa que impeça absurdos como esse. Se essa situação continuar, nosso pais será o primeiro com certeza: o primeiro mais corrupto, o primeiro mais desigual.

Um "bê-a-bá" cada vez mais complicado

Percebemos que se passou o tempo em que a palavra dos pais ou responsáveis era a última e ponto final. Em nossa sociedade atual, os jovens (cada vez mais cheios de explicações e artimanhas) “driblam” os pais a fim de conseguirem o que querem, enchendo suas justificativas e razões de pontos e vírgulas, tópicos ou porquês. No meio dessa “gramática” toda, onde vão parar os limites?
Ao retomarmos o passado, percebemos que desde antes os jovens queriam cada vez mais impor seu direito de liberdade (ou rebeldia?!), como por exemplo no Festival de Woodstock onde o lema era “sexo, drogas e rock’n’roll”. Não só ligado a isto, mas outro meio de influência para os jovens é a mídia, que sugere atos de rebeldia aos filhos passando muitas vezes despercebidos aos olhos adultos.
Outro fator que podemos citar pode ser relacionado à má estrutura familiar. Se a convivência entre os próprio pais ocorre em torno de muitas brigas e discussões, entende-se que não há respeito, muito menos autoridade. São nessas horas que os jovens fazem o que bem entendem. Um ponto muito delicado e que vale ser lembrado é a questão afetiva. A falta de cuidado, carinho e amor é muitas vezes o que justifica delinquência e irresponsabilidade da juventude para muitos.
Portanto, a melhor forma de estabelecer ou até mesmo controlar os limites sem que haja autoritarismo excessivo ou permissividade demasiada é por meio da conversa, do respeito e das responsabilidades dos adultos não só como pais, mas como amigos e educadores e dos jovens como filhos que compreenderão o fato de que para tudo há um momento apropriado, um limite, um porquê.

Reprovada

Embora tenhamos tantos recursos capazes de gerar energia, o Brasil quer porque quer se espelhar no que é mais arriscado, mais complicado e cheio de controvérsias. Por que construir usinas nucleares em um território extremamente rico em opções?
Talvez a ideia de construção de usinas nucleares no Brasil não seja tão boa pelo fato de termos condições (geograficamente falando) para produzirmos energia proveniente da água, do sol, do vento (entre outras) ou até melhorarmos tecnologias em torno da produção de energia com estas propostas já existentes.
Outro ponto negativo acerca da energia nuclear envolve economia e qualificação, ou seja, não compensaria para nosso país implantar essa forma de produção de energia, pois haveria necessidade de importar um material todo especial para a construção das usinas, técnicos extremamente qualificados, isso tudo sem contar com os riscos à humanidade em se tratando de acidentes com as usinas (embora sejam ínfimos, eles existem e não podem ser desconsiderados).
Portanto, o Brasil deveria se satisfazer com esta pátria privilegiada e suas fontes energéticas. Aparentemente, compensa muito mais investir naquilo que já se encontra em andamento e naquilo que pode dar certo do que se atrever a fazer algo “diferente dos padrões”.