segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Não Mais

O que nos faz fechar os olhos? O que nos faz fracos momentaneamente? Será que são as pessoas que falam demais sem saber o que falam ou será que é o pessimismo dessas pessoas que acidentalmente chega perto de nós e nos diz um ‘oi’? Todos nós sonhamos e esperamos um dia que nosso sonho se realizem, mas é claro, sem ninguém atrapalhando. Retomo a ideia: porque as pessoas falam demais e tentam nos fazer desistir deles? Pensando bem, só quem realmente quer algo corre atrás; só quem realmente é obcecado por algo passa pela pedreira e continua indo atrás do seu sonho, de charrete, de ônibus, caminhando, mas está indo, não pára. O que faz uma pessoa desejar tanto mal a outra a ponto de tornar a vida e as conquistas de outras sinônimo de obra infernal? Um gesto mal feito, uma palavra dita em hora errada. Talvez. Pessoas pequenas e medíocres são assim, desejam horrores a outras e esquecem que um dia podem acontecer com elas; perdem seu tempo enquanto almejam fracasso e derrota às outras. Os fracos caem na pura pressão; os fortes ignoram como se isso fosse uma partícula de poeira no espaço; aqueles que já caíram, que um dia foram fracos hoje já não são mais e a cada dia crescem e ficam mais fortes.
Por: Ana Carolina M.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O Poder da Escrita

As vezes as pessoas pensam que escrever é a coisa mais fácil do mundo, acham que ideias e inspirações jorram, estão acumuladas no ar e brotando da terra. Nem sempre. Cada pessoa corresponde a cada momento. Muitas, por exemplo, têm ideias e/ou escrevem quando estão revoltadas, quando não têm nada para fazer, apenas para descontar a raiva e evitar possíveis discussões ou como forma de passatempo. Outras já gostam de escrever enquanto escutam uma música animada, aquela que dá vontade de dançar. Se não curtem agitação, Beethoven e Chopin são outros tipos de influência. Há aqueles que se expõe, falando abertamente o que pensam antes mesmo de conhecerem a situação. E aqueles que preferem guardar as ideias consigo? Essa sim em algumas ocasiões é a melhor ideia. Agora uma coisa que todos esses “escritores” têm em comum: escrever realmente não é uma má ideia. Você consegue aliviar suas angústias, seus medos e acaba encontrando a melhor resposta para suas dúvidas; você consegue tomar as melhores decisões (ou as piores, mas considere somente as positivas, as boas) e o mais incrível de tudo é que consegue fazer as pessoas pensarem sobre aquilo que são, aquilo que falam, seu caráter, suas ações e respectivas consequências. Talvez possa ser a maneira indireta mais eficaz de dizer entrelinhas o que queremos, seja o que for e por qual motivo for. Mais forte que um diamante, mais poderosa que uma arma nuclear. É esse o poder das palavras, da escrita.
Por: Ana Carolina M

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sol

Fugir não é a melhor forma de resolver nossos problemas por mais simples que sejam, a vida não é fácil para ninguém. Em alguns dias vivemos conturbações, em outros, parece que o Sol nasceu para nos abraçar e nos fazer feliz. Esse Sol, para muitos o sol nasce quadrado, nasce entre os papelões e garrafas pet de uma parede, nasce quente depois de uma longa e fria madrugada nas calçadas sujas, nasce cheio de esperança para aquele que em breve ganhará uma família, nasce cheio de vida por uma janela de quarto de UTI. Enfim, nasce de todos os jeitos. Alguns acham que o nascer do Sol é o problema, acham que se o Sol não existisse, não nascesse, ficaria tudo bem ou pelo menos teria ficado melhor; não se satisfazem nem com o calor desse astro luminoso, calor que nos faz viver, calor que a cada dia torna a vida mais agradável. As pessoas frias, essas sim deveriam ser torradas, pois têm tudo e reclamam até por terem nascido. Essas pessoas que só reclamam da vida têm mais é que aprender a viver no frio, aprender a não viver coberto de calor e amor, que é aquilo que o Sol nos dá.
Por: Ana Carolina M. Créditos: Marina M

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Parecia tão real

Tudo começou no mercado municipal daquela cidade. Um lugar não muito bem iluminado, com corredores largos e grandes. O local não era muito aberto, mas não era totalmente fechado. Haviam japoneses, na verdade uma espécie de máfia japonesa naquele galpão. Os mafiosos estavam perseguindo-a e ela estava correndo por todos os lados, sem saída e desesperada. Entrou de repente em um lugar, uma loja bem pequena onde vendiam produtos contrabandeados, aqueles produtos sem nota fiscal, que sempre saem bem baratos aos comerciantes. Entrando lá havia um moço, que ao levantar a cabeça viu que ela estava ali. Era seu amigo, seu melhor amigo. Ele estava com uma cara de desilusão, estava com uma cara triste. Ele vestia uma camiseta branca e na camiseta havia escrito em tom laranja, uma frase em inglês. Ao ler essa frase, começou a puxar a camiseta do seu amigo, porque queria muito aquela camiseta. Olhou para o lado e seu pai puxava seus cabelos. Ele meteu a mão na cara dela, espancou a menina. Ela viu seus dentes e seu sangue cair no chão. Depois disso não viu mais nada, desmaiou e acordou somente na sua casa, após uma cirurgia de reconstituição facial.
Voltou misteriosamente para o galpão e quando se deu conta, estava presa, o mercado estava fechado, com portas trancadas. Ela estava sem saída e os japoneses, eles corriam atrás dela até que o relógio despertou. Passou, era apenas um sonho.

Por: Ana Carolina M

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Não Condiz com a Realidade

Escola pública, violência dentro da própria casa, filho daquele homem cujo pouco dinheiro que ganha é gasto em bebidas, mulheres e drogas. Garoto que por muitos não é considerado “cidadão de bem” pelo fato de andar com aqueles marginais, aqueles “favelados” assim chamados pelos influentes e imponentes da classe média.
Crescendo na favela, sendo olhado com olhos que discriminam, olhos que julgam, olhos que sentem dó, pena, piedade. Dó, pena, piedade? Esse garoto não quer nada disso. O garoto só quer trabalhar, viver sua vida, crescer, ser um “cidadão de bem”. Porque a sociedade não dá oportunidade a um garoto que já usou drogas assim como o pai ou que já teve breve passagem pela Febem? Ser um ex-detento e um ex-drogado não significa muita coisa. As pessoas mudam, o mundo sofre uma metamorfose ambulante e a velha opinião formada sobre tudo se torna diferente a cada dia que passa.
Por incrível que pareça, século vinte e um e ainda convivemos com essa distinção errônea, que antes mesmo de conhecermos as pessoas, se faz presente. Noticiários, fofocas, os jornais que circulam em grandes quantidades pelas cidades, capitais, retratam isso tudo e essa informação toda daria uma triste crônica, que choca o cidadão depois de lida. Diz a canção que é pau, é pedra, é o fim do caminho, é um resto de toco, é um pouco sozinho e isso não é nada demais, é a realidade que se passa pela cabeça daquele garoto, aquele garoto que lamenta o descaso da sociedade para com aquele lugar.
Situação rotineira, triste cotidiano que assombra a cabeça não só do garoto, mas de milhares de pessoas que possuem o mesmo ritmo de vida dele. Isto é apenas uma história boba, de alguém que escreveu baseado em outras histórias. Mas pelo menos esse alguém entende que isso tudo não é ficção, é a triste realidade que aos olhos de uma autoridade, de um governo passa despercebida.
Por: Ana Carolina M.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Valor de uma Simples Ideia

É engraçado deitar na grama verde, ainda úmida por causa do orvalho da madrugada e olhar o formato das nuvens, às vezes grandes e imponentes, às vezes simples e delicadas,mas naquela manhã, o céu estava impecável. O Sol estava esquentando, um calor gostoso, não tão forte e aquela garotinha estava sem nada para fazer. Quer dizer, olhar o céu era apenas o que ela desejava fazer e então era algo a se fazer. Jogadas na grama haviam algumas folhas de papel, alguns lápis coloridos,canetas coloridas, e um ursinho que aquela garotinha desde pequena carregava consigo. Então, olhando para o céu começou a ver cavalos, elefantes, coelhinhos, todos estampados nas nuvens e a menininha sorria toda encantada imaginando qual seria a próxima surpresa que veria no céu. A brisa suave que passava pelo seu pescoço fazia-lhe cócegas e a doce garotinha ria sozinha e se revirava pela grama verde. E novas formas surgiam. Uma rosa, um coração, seu próprio ursinho, todos grandes, enormes e a menina, sempre sorridente admirava cada uma delas. Assim que percebeu que apareciam e desapareciam, ela resolveu fazer alguns desenhos e colorir, para deixar registrado a beleza daqueles flocos de algodão gigantes, como considerava. Deitou-se se bruços, aproximou seus lápis perto de si e começou a desenhar. Primeiro desenhou tudo o que já tinha visto no céu até o momento, de forma aleatória, cavalos, coelhos, rosas, ursinhos, elefantes, corações e por um segundo ela parou. Fazendo leve pressão com o lápis em sua bochecha começou a pensar.Seus pensamentos foram logo codificados naquela folha e assim surgiu um cachorro, um arco-íris, um sorvete de chocolate, um pirulito, as formigas que pela grama passavam, e o planeta Terra, grande e redondo, com cores fortes, bem bonito. Fez alguns escritos também, como 'paz', 'amiguinhos', 'mamãe', 'papai', 'alegria','sorvete de chocolate' e lembrou de algumas palavras ditas por seu avô: "Minha querida, o universo é muito grande e por mais que existam pessoas más, nós não podemos mudá-las nem pedir para que elas se tornem boas e lindas como você. Mas se nós fizermos nossa parte, a cada dia nós ficaremos cada vez mais lindos, como você. Ah! No final, nós também ganhamos um presente muito grande e bonito. Uma enorme e incrível recompensa." Depois que lembrou disso, pensou: "porque as pessoas não podem ser bonitas e boas como o vovô disse?". E depois disso tudo, seus desenhos ainda fazem sentido. Porque o ser humano não dá um tempo ao dinheiro, à fama, aos "lixos" materiais por um momento e procure ser feliz com as coisas mais simples?

Por: Ana Carolina M.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Significado de Ser Feliz

O que é felicidade para você? É não fazer nada, é ficar sentando na frente da TV; é subir e descer os degraus daquela escada, é dormir até o amanhecer; é tomar um pote de sorvete com calda e moranguinhos, é se sujar durante um jogo de bola; é pintar na folha de papel coloridos pontinhos, é tomar com gosto um copo de Coca-Cola; é fazer uma viagem, ir até as montanhas, campos e mares; é se lambuzar com uma lata de leite condensado, é respirar diversos ares, é sempre estar com os amigos ao seu lado.
A felicidade é gritar em um quarto escuro, é rir de uma coisa completamente maluca, é ajudar um idoso a caminhar pela calçada, é plantar uma semente em terra boa; é superar a distância da piscina a cada braçada, é jogar pedras na lagoa; é cantar todo dia em baixo do chuveiro, é apenas ganhar um pequeno urso; é espiar sob a tampa do bueiro, é imaginar um novo mundo, um futuro.
Felicidade está em todas as cores, raças e sabores, está em todos os sons, melodias, intensidades e timbres; está em fazer o bem, não importa o que ou a quem, está em esquecer as diferenças e fazer de todos os seres iguais, destruindo barreiras que nos fazem desiguais; está na luta pela vida, sorrindo a cada dia, vivendo intensamente com muita alegria.
Isso tudo? Isso sim é felicidade, é alegria, é a vida.
Por: Ana Carolina M.